sábado, 17 de julho de 2010

Bem vindos ao novo Coliseu

Homens se degladiando entre si, alguns armados até os dentes, outros desprovidos de meios de ataque mas mesmo assim lutavam até a morte, onde depois de um banho de sangue apenas um deveria restar. Feras eram soltas sobre pobres condenados que corriam sem ter para onde ir e fatalmetne eram dilacerados tendo suas carnes rasgadas por presas e dentes afiados. Tudo isso para o deleite de uma platéia que poderia facilmente ultrapassar as 40 mil pessoas. Felizmente estamos falando de tempos em que a violência e a selvageria eram alvo de prazer e distração, mas será isso mesmo? Tiroteios e mortes, sangue jorrando, cadáveres e pedaços desses ao alcance dos olhos para quem quiser ver, pedófilos e vítimas contando tudo minunciosamente com todos os detalhes possíveis e imagináveis sendo que alguns dos mais sórdidos possíveis. Assassinos confessos esmiuçando como mataram suas vítimas muitas vezes por motivos banais, onde já não é mais suficiente apenas tirar a vida daquele ser miserável, torturar e mutilar tem sido cada vez a regra. Sexo e congêneres sendo quase explicitamente mostrados e explicados para quem quiser aprender, sem falar nas novas formas de se assaltar bancos e/ou burlar a lei de uma forma geral. Sabe onde achar tudo isso? Na palma da sua mão! Basta um clique e você terá tudo isso de bandeja na tela da sua tv... Multiplicam-se os programas cujo o mote é "tem que ser mostrado", pois está acontecendo, é a verdade do dia-a-dia. Será mesmo que é necessário se mostrar tudo isso esmiuçadamente como a cada dia se faz cada vez melhor e com maior riqueza de detalhes e muitas vezes ao vivo? Se diz que violência gera violência, então pergunto: a exposição demasiada desse tipo de notícia com detalhes dos mais bárbaros possíveis não estaria incentivando a que cada vez mais psicopatas queiram realizar tais "façanhas"? Senhores, acho que já passou da hora de revermos esse "conceito jornalístico" de se banalizar a vida e onde tudo deve ser mostrado sob a luz de que é "notícia".

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