terça-feira, 27 de setembro de 2011

Em cartaz - Reprise: CPMF

Lá pelos idos de 1997 o "nosso" Governo conseguiu criar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) naquele tempo a saúde sucateada pelo próprio Governo, tanto a nível federal quanto estadual dava a entender que a única solução seria mesmo a criação desse novo imposto que seria integralmente destinado a saúde. Nos 10 anos em que vigorou (1997 a 2007) não se viu muita mudança no quadro dos hospitais públicos do Brasil. Agora utilizando-se da mesma manobra de sucateamento das instituições hospitalares os parlamentares ensaiam a volta de tal cobrança a meu ver infundada. Será possível? Até quando o brasileiro terá memória curta? Até quando seremos tão idiotas a ponto de não perceber que não se trata de falta de dinheiro e sim da melhor gestão dos recursos? Nosso país bate recordes de arrecadação, são bilhões e mais bilhões que ninguém sabe para onde vai e nossa politicada faz questão de que assim seja. Nos telejornais dos últimos dias não faltaram matérias e mais matérias sobre a situação precária dos hospitais públicos e postos de saúde, onde coisas básicas estão em falta. São questões que se arrastam há anos e nada é feito para se dar um atendimento digno a quem paga uma das maiores cargas tributárias do mundo, portanto me parece ridículo essa nova manobra para se ressucitar tal assalto ao bolso do povo. Mas o que mais me espanta é que a "tática" do governo ainda funciona, não é difícil encontrar por aí cidadãos anônimos que acreditam piamente que a situação só irá melhorar com o novo imposto. A mesma estratégia usada nas estradas para privatizá-las, é obrigação do Estado mantê-las em ordem, mas vai perguntar por aí, tem muito descerebrado que concorda com os pedágios porque acha que é o único meio de ter estradas em condições de tráfego. Esse filme eu já vi...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Só se vê na Bahia ou mais uma lei inócua

Deu ontem no Jornal A Tarde que a partir de hoje, 26/09/2011, a SUCOM vai exigir dos condutores dos veículos que tenham equipamentos sonoros o Certificado Obrigatório de Som Automotivo. A medida, ainda segundo o orgão, "visa melhorar o controle de ruídos urbanos e das fontes de poluição sonora." Agora vem a piada pronta, tal certificado é emitido mediante cadastramento feito pela internet, com boleto emitido pela mesma no valor de R$ 105,79. Depois de pago tal boleto o palhaço condutor imprime o certificado através do próprio site... Com tal certificado caso seja abordado em alguma blitz, mesmo que o cidadão tenha um mini trio elétrico em seu carro (coisa bem comum) estará tudo bem, só haverá aplicação da multa caso o cidadão não esteja de posse de tal bobagem certificado. Pergunta óbvia: afinal essa lei é pra fiscalizar o que? Já que tudo é feito via internet sem qualquer interferência humana 'fiscalizativa' de qualquer orgão sequer e muito menos do orgão de direito? Será que alguém como eu percebeu que isso não passa de uma medida arrecadatória? Fico pasmo como ainda tem gente que acha que esta lei irá melhorar a fiscalização de som abusivo na cidade... Ora batam-me um abacate!