terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O açúcar nosso de todos os dias

Já pararam para pensar o quanto de açúcar consumimos por dia? Na verdade nunca fiz cálculo nenhum, mas com histórico de diabetes e hipertensão na família comecei a repensar esse doce aditivo na minha vida. Já de algum tempo passei a usar o demerara que é um açúcar que não passa pelo último processo de refinamento para ficar branco como a maioria dos que vemos por aí, e uma coisa me chamou a atenção: o demerara é mais caro que o "açúcar comum" e fico intrigado porque. Para vocês entenderem melhor existem em linhas gerais três tipos. O mascavo, que é o primeiro produto obtido da cana, é o açúcar em estado bruto, úmido, de cor escura de gosto semelhante ao do caldo de cana. Por não passar pela etapa de refinamento conserva o cálcio o ferro e os sais minerais. O demerara é obtido na próxima etapa, ou seja, um refinamento leve sem aditivos químicos para "embranquecer", por isso seus grãos são de cor mais escura que nem o marron claro. Seu gosto é um pouco diferente. Sua composição conserva grande parte do ferro, cálcio e sais minerais. E por fim temos o refinado, aquele branquinho, lindo de se olhar que é tratado com aditivos químicos para ficar alvo daquele jeito, só que nesse processo de "brancura" perde-se praticamente todos os nutrientes e ninguém venha me dizer que algum vestígio químico não fica ali que não acredito. Existem ainda o de confeiteiro que parece talco, o orgânico que não leva nenhuma espécie de aditivos químicos do plantio a industrialização e mais alguns. A pergunta que faço é porque o demerara é mais caro que o açúcar normal (custa em média uma vez e meia a mais) se seu processo é menos oneroso? Já que não passa pela etapa de receber aditivos para clarear deveria ser mais barato. Pior é o mascavo que pode custar de tres a quatro vezes mais que o açúcar normal, mas porque se ele é o primeiro produto do processo, não é refinado nem recebe aditivos? Perguntas que ainda permanecem no obscurantismo regido pelos empresários, políticos e seus mercados. Talvez no dia que pararmos de nos preocupar menos com o Big Brother e passarmos a prestar mais atenção no que acontece bem em frente a nossa cara todos os dias, seja em nossa rua, seja no Congresso Nacional com certeza esses mistérios da economia serão desfeitos. Até lá cuide bem da sua saúde, pratique exercícios e se ligue no uso que você faz do açúcar.

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